Daniela sempre foi o tipo de profissional que começa de baixo, aprende rápido e sobe por mérito — sem precisar bater na porta, porque os resultados falam por ela. Em empresas privadas e ambientes de pressão como call centers, ela viveu o que muitos evitam: a cobrança absurda, os gritos velados, os números que desumanizam.
Por um tempo, ela também entrou nesse jogo. Chegou a liderar com dureza, acreditando que o resultado justificava tudo. Até perceber que ninguém muda por causa de uma planilha ou slide. As pessoas mudam quando se sentem vistas.
Essa virada não veio de livros. Veio do silêncio. De noites sem sono, da exaustão, da percepção de que algo nela também precisava se reorganizar. Foi então que, no seu primeiro treinamento, ignorou o script. Sentou com os colaboradores e perguntou:
“O que você faz por você, além de trabalhar aqui?”
A resposta não foi verbal. Foi energética. A sala mudou. E pela primeira vez em anos, a meta foi batida. Não por técnica, mas por vínculo.
Hoje, Dani é parte da PILAR com a missão de traduzir o técnico para o humano. Sua maior ferramenta não é uma norma. É a escuta. Sua força não está no grito, mas na pausa. E sua missão é simples e imensa:
Ajudar cada empresa a lembrar que gente não é engrenagem — é alicerce.


